Preciosíssimo Sangue de Jesus, preço do nosso resgate

“Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição de vossos pais, mas pelo precioso sangue de Cristo.” (IPd 1, 18).

“Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição de vossos pais, mas pelo precioso sangue de Cristo.” (IPd 1, 18). 

 

Desde o pecado de Adão havia sobre nós um decreto de morte, de lutas e doenças, de afastamento de Deus e do céu. A partir do pecado original caímos na miséria espiritual e toda abundância de vida foi-nos roubada. Mas o que de pior nos aconteceu foi que, por nossa decisão espontânea, passamos a não escolher por Deus. Passamos a pautar nossas decisões e nossa vida em benefício próprio, em um amor a nós mesmos que nos afastava da eternidade. Fomos feridos na nossa capacidade de amar e de percebermo-nos amados por Deus. Por isso, não mais O escolhíamos, não mais nos aproximávamos. Escolhíamos o pecado, pessoas, bezerros de ouro, bens, reconhecimento, menos a Deus.

 

Mesmo não O escolhendo, Deus permanece nos amando e nos elegendo como filhos. Por isso batalha por nós. O resgate, o preço pago não foi algo planejado por Deus desde a eternidade mas Lhe custou esforço, renúncia e muito sofrimento. Ele, Jesus, ao ter-lhe revelado no horto das oliveiras os pecados da humanidade, ao conviver com a incredulidade de um povo, ao enxergar a insensibilidade no coração da humanidade tinha todos os motivos justos para não escolher entregar-se por nós. Ele viu onde nossa alma chegou em maldade, em repugnância, em vaidade, orgulho. Não éramos merecedores. Mas Deus não age pelo que vê e sente, não age pelo que recebe de nós, mas em um esforço sobrenatural, humano e divino (até suar sangue), rompe com a razão, rompe com o natural e mantem seu amor e sua eleição por nós e continua a dar-se a nós como no Éden. Ele escolhe ser fiel, e sustentar a decisão de nos amar, mesmo não tendo motivos para tal. Um amor de entrega total!

 

Por isso, apesar de tanto escárnio, Jesus não revidou. Apesar de tanta angústia, Jesus não desistiu. Apesar de tamanha dor, Jesus foi até o fim. Mesmo sentindo-se abandonado pelo próprio Pai, Jesus foi até o último nível de sofrimento para resgatar cada um de nós. Mesmo sendo Deus, Cristo resolveu se tornar homem e morrer naquela Cruz, para que o preço da maldição do pecado fosse retirado de nossa conta. Para manter sua escolha de amor por nós, Cristo de novo decide por mim e por você, mesmo quando TUDO não dava motivos e razões para tal.

 

Cristo dá a vida para que de novo a tivéssemos. Nossa salvação custou o Sangue precioso de Jesus, sem Sua intervenção, Sem Seu Sacrifício de amor, estaríamos todos condenados a morte eterna. Cristo ao se encarnar, vir ao mundo, se fazer um como nós, não o fez por benefício próprio, mas veio e aceitou pagar o preço para que fossemos salvos. Não é sobre liberdade, sobre vida plena, mas é sobre salvação, sobre eternidade, sobre uma vida inteira com Deus. Ele dá tudo para que tenhamos O tudo.

 

E Ele continua nos escolhendo, nos amando, nos elegendo, nos salvando porque o seu amor jamais acabará (1 Cor 13). É o amor de Cristo que nos faz salvos!

 

Com carinho,

 

Sílvia Enes Marques

Consagrada da CMR